Na última semana, pesquisadores europeus anunciaram a identificação de uma cidade subterrânea extensa sob as Pirâmides de Gizé, no Egito.
As imagens, obtidas por meio de tecnologias de radar e tomografia, sugerem a existência de formações arquitetônicas complexas em uma área de quase dois quilômetros, segundo os especialistas. Neste artigo da THC Textos você descobre tudo o que já se sabe sobre o assunto!
A descoberta da cidade subterrânea no Egito sob as pirâmides

A suposta cidade subterrânea no Egito foi detectada sob o planalto de Gizé, onde estão localizadas as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos.
O projeto, liderado por pesquisadores da Itália e da Escócia, integra uma iniciativa conhecida como Projeto Quéfren.
A equipe afirma ter mapeado uma área de cerca de 1.980 metros de extensão sob a base da Pirâmide de Quéfren e agora aguardam as escavações para comprovação.
Tecnologia empregada na investigação e os achados

Segundo o que se sabe, as análises da área foram feitas com o uso de radar de penetração no solo, sensores de raio-X e tecnologia SAR (Synthetic Aperture Radar).
Segundo os responsáveis, as imagens tomográficas permitiram a reconstrução tridimensional parcial da estrutura subterrânea. Essa combinação acaba vista inclusive como um avanço na aplicação de métodos remotos em arqueologia.
O mapeamento, por outro lado, revelou oito grandes formações verticais sob a base da Pirâmide de Quéfren, semelhantes a pilares.
Também identificados poços com 640 metros de profundidade, cercados por passagens em espiral. Esses corredores levam a duas câmaras cúbicas, cada uma com aproximadamente 80 metros de dimensão.
Há ainda indicações de uma possível conexão subterrânea entre as três pirâmides do complexo de Gizé.
Possíveis ligações com mitos antigos
Integrantes do projeto sugerem que as estruturas encontradas possam estar relacionadas às chamadas “Salas de Amenti”, conceito presente na mitologia egípcia antiga.
Essas salas seriam, de acordo com tradições esotéricas, locais de conhecimento oculto e espiritualidade avançada.
Ceticismo da comunidade científica sobre a cidade subterrânea do Egito

Embora a descoberta da cidade subterrânea no Egito tenha movimentado os especialistas de arqueologia de todo o mundo, vale saber que as afirmações ainda geram controvérsia entre especialistas.
O arqueólogo Lawrence Conyers, da Universidade do Arizona, por exemplo, questionou a profundidade indicada pelos pesquisadores.
Em entrevista ao Daily Mail, ele afirmou que os métodos atuais não produzem imagens confiáveis em profundidades tão grandes. Ainda assim, Conyers reconhece que podem existir câmaras ou corredores sob Gizé, mas reforça que somente escavações no local poderiam comprovar as suposições.
O estudo divulgado ainda não foi submetido a revisão por pares. A expectativa é que tudo seja esclarecido assim que se comecem as escavações.