O governo do Paraná concedeu no início de outubro a Licença de Instalação (LI) ao Complexo Eólico Palmas II, avaliado em R$ 3,5 bilhões e composto por 72 turbinas de 7 MW cada.
Localizado no município de Palmas, Sudoeste do Paraná, o empreendimento terá potência de 504 MW e deverá entrar em operação após cerca de dois anos, segundo o governo do estado.
Investimento, escala e cronograma do Complexo Eólico Palmas II
O projeto é considerado um dos maiores privados em energia renovável no Paraná.
O valor de R$ 3,5 bi abrange:
- A instalação das torres de concreto (160 m de altura);
- Subestações;
- Sistemas de acesso;
- Conexão ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
A linha de transmissão de 525 kV ligará a subestação de Palmas ao ponto de conexão da Eletrosul, em General Carneiro.
A construção terá duração estimada de dois anos, com previsão de geração de até 5 mil empregos diretos e indiretos, prioritariamente com mão de obra local.
Impacto energético e social
Com produção projetada de cerca de 150 mil MWh/mês, o complexo poderá abastecer 300 mil domicílios, assim como beneficiar cerca de 1,2 milhão de pessoas.
Para o governador Ratinho Junior, o projeto simboliza “um salto de desenvolvimento para Palmas e toda a região Sul-Oeste” e reforça a necessidade de segurança energética para manter o crescimento econômico estadual.
Segurança jurídica e licenciamento ambiental do Complexo Eólico Palmas II
A obtenção da LI pelo Instituto Água e Terra (IAT) proporciona ao empreendimento respaldo legal e ambiental para o início das obras.
A próxima etapa será a Licença de Operação (LO) após a conclusão das instalações.
O presidente do IAT, Everton Souza, destacou que o Paraná oferece “segurança técnica e jurídica” para investimentos de grande porte, graças à agilidade e integridade no licenciamento.
De acordo com Pedro Dias, diretor-executivo do instituto, o projeto teve reformulações ao longo dos estudos ambientais.
Isso reduz impactos à vegetação e adota um posicionamento estratégico das torres para respeitar rotas de aves e fauna local.
Histórico e contexto local
Palmas já abriga o Parque Eólico Palmas I, implantado pela Copel em 1999 com 2,5 MW de potência — um prenúncio da vocação eólica da região.
O Palmas II amplia de modo substancial essa matriz limpa no Paraná.
O prefeito Daniel Langaro ressalta que os benefícios vão além da geração de energia, visto que irá atrair novas indústrias, valorizar o turismo e fortalecer a economia regional.
Outras iniciativas de energia renovável no Paraná
Por fim, vale saber que o projeto Palmas II também integra um cenário estadual de incentivo a fontes limpas.
través do programa RenovaPR, foram feitas mais de 38 mil novas ligações em geração distribuída, com investimentos de R$ 5,8 bilhões, segundo o governo no Paraná.
Além disso, o estado deve receber R$ 1,1 bilhão para a construção de 11 novas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) em 15 municípios.
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Foto: AEN – Felipe Henschel.
