Você já deve ter ouvido falar muito sobre energia renovável, aquecimento global e mudanças climáticas, certo? Por trás de tudo isso está um conceito que tem ganhado cada vez mais importância: a transição energética.
Mas o que isso significa, afinal? E por que esse assunto é tão importante para o nosso dia a dia e para o futuro do planeta? A gente te explica a seguir.
Entendendo a transição energética

Imagine o sistema de energia do mundo como um grande motor. Hoje, esse motor funciona principalmente com combustíveis fósseis — petróleo, carvão e gás natural — que são baratos e fáceis de usar, mas que, infelizmente, poluem muito o meio ambiente.
A transição energética é o processo de mudar esse motor para funcionar com fontes de energia mais limpas, como a luz do sol, o vento, a água e até combustíveis feitos a partir de matéria orgânica.
Isso significa investir em energia solar, eólica, hidrelétrica, biomassa e outras tecnologias que não agridem o planeta.
Mas não é só trocar um tipo de energia pelo outro. Essa mudança envolve inovação tecnológica, adaptação econômica, mudanças nas políticas públicas e até uma transformação cultural, pois todos nós precisamos entender e participar desse processo.
Por que essa mudança é urgente?
A principal razão para essa mudança está no ar que respiramos. Os gases que saem da queima de combustíveis fósseis estão deixando o planeta mais quente, causando fenômenos climáticos extremos, derretimento de geleiras, mudanças nos ciclos das chuvas e ameaçando a biodiversidade.
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), só em 2022 foram investidos mais de 500 bilhões de dólares em energias renováveis no mundo, porque a sociedade e os governos entendem que só com essa mudança podemos garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.
Além disso, essa transição traz outros benefícios importantes para todos nós: ajuda a criar empregos na área de energias limpas, diminui a dependência de combustíveis importados e protege a economia das oscilações dos preços do petróleo.
Como a transição acontece na prática?

Esse processo é como uma grande orquestra, em que vários instrumentos precisam estar afinados para tocar a mesma música.
- Tecnologia: É preciso desenvolver e aprimorar painéis solares, turbinas eólicas, baterias para armazenar energia e redes elétricas inteligentes que consigam distribuir essa energia de forma eficiente.
- Economia: São necessários investimentos e incentivos para que empresas e governos adotem essas novas tecnologias.
- Cultura e sociedade: É importante que as pessoas entendam a importância do uso consciente da energia e que haja treinamento para os profissionais que vão trabalhar com essas novas fontes.
- Políticas públicas: O governo tem papel fundamental em estabelecer metas de redução de emissões e criar leis que incentivem as energias limpas.
E o Brasil, como está nessa história de transição energética?
O Brasil já sai na frente: mais de 88% da energia elétrica gerada no país vem de fontes renováveis — principalmente hidrelétricas, mas também de parques eólicos e solares que crescem a passos largos.
Por exemplo, a capacidade instalada de energia eólica já ultrapassa 35 gigawatts, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) enquanto a solar soma cerca de 55 gigawatts, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar.
Além disso, o país tem um grande uso de biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel, que representam quase 30% da matriz de consumo de energia.
Esses números mostram que o Brasil tem uma base sólida para avançar ainda mais na transição energética, explorando também tecnologias como o hidrogênio verde e a geração distribuída, que permite que casas e empresas produzam sua própria energia limpa.
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